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Município de Nova Ponte, Minas Gerais

A cidade tem 74 anos de história. Em meados de 1993/1994 a antiga cidade foi inundada e foi criada a nova cidade na parte mais alta da região, ao lado de onde é hoje a represa da Usina Hidrelétrica de Nova Ponte.

Geografia

Sua população em 2010 era de 12.586 mil habitantes (IBGE - Censos 2010). Nova Ponte é um município novo e muito pacato, totalmente planejado. Por ser um município rico, é referência na região do Triângulo Mineiro. Nova Ponte possui algumas comunidades distantes da cidade como Almeida Campos; com 1.400 habitantes (50 km de distância), Jatobá, Lucas, Teixeira, Parque das Arvores.

Carnaval

Nova Ponte também é conhecida por seu carnaval, considerado um dos melhores da região. O ponto principal do Carnaval na cidade é a "prainha", o Balneário Social de Nova Ponte, e também nas praças. Sendo que a cidade nesta época conta com uma equipe de seguranças para atender todo turista que ali passar.

HISTÓRIA DE NOVA PONTE
Ocupação do Triângulo Mineiro

As primeiras conquistas no território mineiro ocorreram ao longo do Rio Doce, do Rio das Velhas, e, mis tarde do Rio das Mortes e do Jequitinhonha. As primeiras sedes foram: Villa do Carmo (Mariana), Villa Rica (Ouro Preto) e Villa Real de Sabará (Sabará). Já caracterizada pelo assentamento dos senhores do gado e pela opulência de suas vilas e arraiais, Minas – denominada Minas do Ouro – une-se a São Paulo, formando em 1709 a capitania de São Paulo e Minas do Ouro, independente da Capitania do Rio de Janeiro Em 1720 é criada a Capitania Independente de Minas Gerais, estando a ela incorporada o território goiano.

Em 1743, é fundado no oeste de Minas, - Sertão da Farinha Podre, o povoado de Desemboque, um dos muitos arraiais auríferos do Século XVIII. Este exerceu grande influência no povoamento da região, já que dali partiram várias expedições exploratórias que deram origem a Araxá, Uberaba, Sacramento e Patrocínio, dentre outros. No ano de 1744, o território goiano torna-se independente e o Triângulo Mineiro é anexado a Capitania de Goiás.

As primeiras estradas do Sertão da Farinha Podre, que ligavam Uberaba a Corte e São Paulo a Goiás, deram origem às trilhas que surgiam como atalho ou como desvio do pagamento de impostos sobre o outro, ali intercambiado. Os povoados despontavam de forma desordenada, compostos por pequenas casas que contornavam suas capelas. Esta característica rural pode ser percebida na região ainda nos dias de hoje através desta tipologia definida. Nova ponte teve seu surgimento em decorrência da abertura de caminhos pelas expedições para exploração do ouro.

No Brasil, estas tinham como objetivo não só a busca deste metal, mas também as honras que lhes eram confiadas pelo Rei, dentre elas as vastas concessões de terras. Assim, ao se organizarem, objetivavam também a fundação de povoados pelos caminhos onde passavam.

O surgimento dos distritos de São Miguel da Ponte Nova e São Sebastião da Ponte Nova

Localizados às margens da “Estrada de Boiadeira”, os povoados de São Miguel e São Sebastião serviam de parada para as tropas de gado que, na sua maioria, seguiam parte, para o noroeste paulista. A difícil travessia do Rio das Velhas, atual Rio Araguari, exigiu a construção de uma ponte neste local, fato incentivador do desenvolvimento destas duas localidades.

Povoado de São Miguel de Ponte Nova

Em 1858, o Presidente da Província de Minas Gerais, Caros Carneiro Campos, concedeu a Antônio José da Sila Fernandes o direito de construir uma ponte sobre o Rio Araguari.

Fora-lhe concedido, também o privilégio de cobrança de pedágio sobre esta ponte; privilégio este transferido a seu filho, e mesmo nome, apelidado Totó.

A vigência do pedágio terminou com a instalação do regime republicano, trinta anos mais tarde.

Os fazendeiros Antônio Luciano de Rezende e Manoel Pires de Miranda, proprietários da Fazenda da cachoeira, doaram uma parte de suas terras para que ali se consolidasse o pequeno povoado de São Miguel da Ponte Nova, o qual seria incorporado ao município de Sacramento. Provavelmente a Fazenda da Cachoeira fez parte de uma das três sesmarias instaladas nesta região. Eram elas: - Boa Esperança, Boa Vista e Santa Cruz do Salto.

Acompanhando o leito da “Estrada da Boiadeira”, foi surgindo pequenas edificações nos anos de 1860, envolvendo uma pequena capela oferecida a São Miguel Arcanjo.

A pequena capela, um rancho coberto com palha ou coqueiro, situava-se no topo da encosta, local onde se encontrava edificada a Matriz de São Miguel, da cidade antiga.

O arraial teve sua elevação à condição de distrito de Sacramento pela lei º1906 no ano de 1872 e dez anos mais tarde, o distrito foi reconhecido como freguesia, tendo sido sua instituição canônica registrada em 1884. O seu primeiro padre foi Joaquim Severino Ribeiro.

A primeira campanha pela autonomia

A primeira manifestação dos moradores pela autonomia de São Miguel data de 1890. Surge, neste ano, uma campanha no sentido de elevar a freguesia à contição de Vila. Propunham os moradores que fossem anexados à vila de São Miguel o povoado de São Sebastião, pertencente a Monte Carmelo, e de Santa Juliana, pertencente a Araxá.

A tentativa, como afirma Soares de Farias em sua Monografia de Nova Ponte, foi mal sucedida.

Em 1923, correspondendo ao desejo da população, o topônimo do distrito foi alterado, passando oficialmente para Nova Ponte. Evitou-se com esta mudança confundir São Miguel da Ponte Nova com a cidade de Ponte Nova situada na Zona da Mata Mineira.

Em 1923, ainda sob o domínio administrativo de Sacramento, surge outra manifestação, esta reivindicando que o distrito passasse a pertencer ao município de Uberaba. Os moradores alegavam o incômodo causado pela distância e pela consequente dificuldade de comunicação entre Nova Ponte e Sacramento, além das estreitas ligações que o distrito mantinha com Uberaba.

Este movimento foi corporificado por um abaixo-assinado, composto de trezentas e uma assinaturas, enviado ao Presidente Minas, Olegário Dias Maciel, já que o próprio Estado revia, naquela época, sua divisão político-administrativa.

Em contra partida, o poder municipal de sacramento, ao discordar do movimento e considera-lo injusto, argumentava ao Presidente que os maiores contribuintes do distrito não constavam naquela lista enviada à Comissão Revisora da Administração do Estado.

Continuava Nova Ponte ligada a Sacramento administrativamente e a Uberaba economicamente. A própria situação do distrito, entre as estradas de ferro Mogyana e Oeste de Minas, que convergiam para a cidade de Uberaba, influenciava diretamente no escoamento da produção agrícola, principalmente do arroz e do fumo para aquela cidade. Era também de lá que vinha todo estoque que abastecia o comércio de Nova Ponte, desde o tecido ate a ferramenta agrícola. Este intercâmbio era feito pela estação ferroviária Palestina, distante 20km da sede do distrito.

Os moradores confirmam este quadro antravés de seus depoimentos:

Assim, o quadro econômico-administrativo, por volta de 1935, apresentava-se indefinido: de um lado, os vínculos oficiais com a sede administrativa; de outro os vínculos econômicos com a “capital”.

A emancipação por Decreto

Em 1938, por decisão do Presidente da República, Getúlio Vargas, o País sofreu uma redivisão em seu quadro territorial, ficando, a partir daquele ano, vários distritos emancipados.

O distrito de Nova Ponte, por decreto-lei nº 148 de 17 de Dezembro de 1938, emancipou-se de Sacramento, sendo elevado à categoria de município.

O município de Nova Ponte

Formado pelos distritos de Nova Ponte e de São Sebastião, desmembrados respectivamente dos municípios de Sacramento e Monte Carmelo, Nova Ponte teve como primeiro prefeito Octávio Veiga, natural de São João Nepomuceno.

Nomeado pelo Governador de Minas Gerais, Benedito Valadares, Octáveio Veiga assumiu a administração em 1 de janeiro de 1939. De Belo Horizonte seguiu viagem até Monte Carmelo, cidade mais próxima por via férrea, sendo conduzido por automóvel até Nova Ponte. A sua recepção, comandada pelo Juiz de Paz Amador Pinto, envolveu toda a comunidade e, em nome desta, Dr. Rui Lima de Santa Cecília proferiu um discurso situando a nova autoridade no contexto daquela localidade.

Em 25 de março de 1939, foi instalada a prefeitura em prédio provisório, visto que não existia local próprio para atender a administração.

Segundo relato de Octávio Veiga, as primeiras providências foram no sentido de criar o Código de Posturas do Município.

A prefeitura contava com Gabinete do Prefeito, Tesouraria, Secretaria, Contadoria e Agência Municipal estatística.

O Diretório Municipal de Geografia, instituição criada pelos municípios por incentivo do Governo Federal, ocupava-se em resgatar informações para um conhecimento mais sistematizado das condições e limites do território nacional. Em Nova Ponte, este diretório foi composto por representantes de vários segmentos da demarcação das linhas divisórios definitivas do recém-criado Município de Nova Ponte.

A cidade, ainda no relato da primeira administração, encontrava-se “com tudo para fazer”. A precariedade dos setores de saúde pública, educação e sanemento básico, definia como desfalcado o município nos seus primeiros anos.

A iluminação pública, ou “serviço de eletricidade”, como era denominado na época, era fornecida em condições precárias pela firma Oliveira Cunha e Cia., organizada desde 1927. Esta firma propiciava uma iluminação de baixa potência aos distritos de São Miguel e São Sebastião, não conseguindo gerar a energia requisitada pelas máquinas destinadas ao beneficiamento dos produtos agrícolas, serrarias e mecânicas.

Havia oito pequenas escolas, sendo quatro estaduais e quatro municipais. Cogitava-se a criação de um grupo escolar, uma vez que o número de vagas escolares oferecidas era insuficiente para atender a população infantil.

O serviço de abastecimento de água, feito através de canos ramificados pelas ruas e quintais, não possuía rede de distribuição domiciliar, dada a ausência de técnica de captação e reserva de manancial.

A saúde, desprovida de postos de controle, ficava sob os cuidados de três médicos e dois farmacêuticos, que atendiam a população em consultórios improvisados.

A cidade nos anos 50 e 60

O início da década de 50 foi marcado pela ruína da ponte João Pinheiro, sobre o rio Araguari. Parte de sua estrutura desabou por não suportar o peso das cargas ali trafegadas.

“A ponte desabou no dia primeiro de abril de 1951. Quando vieram chamar meu pai, que era o prefeito na época, pensamos que fosse piada do dia 1º de abril”.(Depoimento de Maria Aparecida Palmieri Torres, filha de Joaquim Gouvêa Torres)

Sua reconstrução, em convênio com o Governo do Estado, consistiu na substituição da estrutura metálica no trecho avariado por estrutura de concreto.

A igreja de São Miguel recebeu nova fachada, com a retirada de duas torres. O sino foi transferido para uma casa ao lado da igreja, conhecida pelos antigos moradores como “a casa do sino”.

Uma ponte de madeira foi construída sobre o Córrego dos Barros, melhorando o tráfego na Rua Presidente Vargas, eixo de ligação entre a Praça da Matriz e o Bairro do Gravatá, local onde se encontram até hoje a Capela de Nossa Senhora do Rosário e o Cemitério de São Miguel.

A área existente aos fundos da Matriz foi demarcada e então denominada “Praça 1 de Janeiro” em homenagem ao primeiro ano da administração municipal, sendo posteriormente cedida para a construção da Associação Atlética Novapontense. O Quartel de Polícia, Coletoria Federal, Escolas de Primeiro Grau, Agência de Correio, Junta de Alistamento Militar, Diretório Municipal de Geografia e Delegacia Municipal de Recenseamento, sendo estes dois últimos criados em caráter provisório.

A paisagem da cidade foi revitalizada, com a transferência da estrada da Boiadeira, da praça centrao para a periferia. Também suas edificações mais simbólicas foram modificadas: as três principais igrejas foram reconstruídas. A primeira foi a Capela de Nossa Senhora do Rosário no ano de 1952. A segunda, a Igreja de São Sebastião, no período de 1951 a 1955 e, por último, a Matriz de São Miguel entre os anos de 1955 e 1962. As praças onde se situavam, tornaram-se principais pontos de referência, pela imponência de suas construções diante do conjunto arquitetônico da cidade.

Os serviços de iluminação foram melhorados com a ampliação da barragem da Usina do Brejão. Tal benfeitoria foi estendida até o Bairro de São Sebastião.

As vias Públicas principais foram dotadas de calçamento (paralelepípedo), enquanto as secundárias foram sendo abertas gradativamente.

A cidade, no ano de 1955, estava servida por 24 estabelicimentos comerciais, 2 bares, 2 farmácias, 5 agências bancárias – sendo uma em São Sebastião, 2 pensões e 1 posto de saúde.

Os maiores entrepostos eram identificados pelos nomes de seus proprietários: “loja do Nominato Cunha”, “loja do Alaor Pinto”, “do Elias Turco”, do “Otávio Rezende”, do “Olvinto Resende”, do “Sr. Quinca”, do “Seu Leopoldo Borges”.

Os principais pontos de lazer eram a quadra de esportes na Praça da Matriz, o campo de futebol na região do “Resfriado” (antiga Cerâmica São Miguel), o cinema “para todos” na rua principal e os piqueniques no Rio Araguari.

Os concessionários do transporte rodoviário mantinham linhas diárias para as cidades de Uberaba, Uberlândia, Araguari e Monte Carmelo.

O município, em 1959, foi elevado à condição de comarca, sendo instalado o Fórum em edifício da Praça da Matriz onde anteriormente funcionava a Prefeitura.

A jurisdição da Comarca abrangia somente o município de Nova Ponte, dividido em dois subdistritos: São Miguel e São Sebastião. Constituía-se de Justiça de Paz, Promotoria de Justiça, Cartório do Crime, Cartório de 1º e 2º Ofícios. Em 1970, foi extinta pelo Tribunal de Justida do Estado.

A década de 60 também foi marcada por benfeitorias no setor urbano. A cidade foi equipada de serviço telefônico e de televisão. Iniciou-se o trabalho de ajardinamento de praças e arborização de ruas. A prefeitura e a câmara Municipal instalaram-se definitivamente em um prédio cuja edificação se destacava na cidade por ser a única com dois pavimentos. Os serviços sociais, aos cuidados do Padre Panfílio Van Den Broeck, foram ampliados com a criação de um pequeno hospital e uma vila para os idosos desamparados – a Vila São Vicente. O setor esportivo foi beneficiado com a construção de dois campos de futebol, o do Rosário Esporte Clube e o da Associação Atlética Novapontense, no Bairro São Francisco. A área anteriormente utilizada pelos desportistas, foi ocupada pelas instalções da Cerâmica São Miguel.

Nessa década, investiu-se também no setor cultural. Especificamente no ano de 1963, um ano após a criação do ensino médio na cidade, foi realizado “A Semana da Comunidade”. Esse evento, considerado um marco cultural no contexto histórico de Nova Ponte, proporcionou à comunidade um melhor conhecimento de sua própria história. Através de debates, conferências, exposições e desfiles, os seus processos político administrativo, econômico, educacional, cultural e social puderam ser relatados e compreendidos desde os seus primórdios. Tal conhecimento encontra-se registrado no “Livro da Comunidade”, acervo de certa relevância do patrimônio histórico local.

A bandeira de Nova Ponte

Criada em 1972 pelo Professor Djalma Alvarenga de Oliveira, a bandeira de Nova Ponte pode ser interpretada, segundo seu criador, sob três aspectos: histórico-geográfico, histórico-político e poético-sentimental. É confeccionada em três cores: branco, azul e vermelho.

A faixa azul simboliza o Rio Araguari, a faixa vermelha, o Distrito de São Sebastião e a faixa branca, o distrito de São Miguel.

Segundo a Lei de criação nº 657, de 02/09/1977, “Uma única estrela tocando as duas faixas laterais indica a unidade político-admnistrativa”. A cor de ouro desta estrela, indeteriorável, significa que ela estará sempre NOVA. Os vértices superior e inferior, ligando as faixas branca e vermelha por sobre a faixa azul, representam a PONTE.

Uma nova cidade

Antes de se abordar aspectos que envolvem diretamente o projeto, a aprovação e relocação da cidade de Nova Ponte, é interessante que se faça uma análise cronológica dos principais acontecimentos que definiram o destino do povo novapontense, ocorridos nas seguintes datas:

Em janeiro de 1986 aconteceu a apresentação do “Plano Diretor da UHE de Nova Ponte a lideranças de Nova Ponte”.

Em fevereiro de 1987 houve a aprovação do “Projeto Básico da UHE Nova Ponte”. No mês de março, do mesmo ano, iniciou-se o “Projeto Memória Histórica de Nova Ponte”. No mês de abril, foi iniciada a construção da Usina hidroelétrica. No mês de julho, foi aprovado o projeto da nova cidade (Lei Municipal nº861). Foi lançada a pedra fundamental da nova sede municipal.

Em dezembro de 1988 concluiu-se o “Projeto Memória Histórica de Nova Ponte”.

Em 1993 a mudança da população para a nova cidade foi concluída.

Em março de 1994, a nova sede municipal foi inaugurada. No mês de agosto do mesmo ano, entra em operação comercial a primeira unidade da UHE de Nova Ponte.

O projeto de uma cidade nova

Ao contrário da antiga, a nova sede municipal de Nova Ponte é produto de um plano, elaborado pela CEMIG com a participação da comunidade. Todas as decisões necessárias a relocação da cidade, desde a escolha da área, passando pelos projetos de arquitetura e urbanismo, até a consolidação da transferência da população, foram submetidas à aprovação dos representantes locais antes de serem efetivadas.

A principal escolha: o local

Após estudos e investigações sobre três locais possíveis, no município, para a relocação da cidade, a CEMIG optou pela opção que reunia melhroes condições topográficas, área mais ampla e possibilidades paisagísticas em relação ao futuro do reservatório.

Em 03 de outubro de 1981 foi decretada a criação da Comissão da Assessoria do Chefe Executivo, que recebe plenos poderes para decidir sobre a localização da nova cidade.

A CEMIG apresenta à Comissão e à Prefeitura Municipal, a alternativa localizada à margem direita da rodovia MG 190, a 3 Km da antiga sede, fronteiriça à confluência dos Rios Araguari e Quebra Anzol. Tal alternativa é aprovada no dia 04 de dezembro de 1981, através da Lei Municipal nº 753.

A segunda escolha: a cidade.

Em 1987 são apresentados e submetidos à apreciação da comunidade de Nova Ponte o “Plano Diretor de Relocação e Reconstrução da Nova Cidade de Nova Ponte” e sua respectiva “Planta de Urbanização”.

A equipe do Departamento de Projetos e Edificações da CEMIG viu-se diante de um desafio muito grande, que era resgatar da cidade velha a reconstruir uma nova, características que retratassem conquistas obtidas na sua história e os desejos que ainda aguardavam suas possibilidades de realização, sem contrariar os condicionantes de ordem técnica que exigia um projeto de grande vulto como aquele.

Foi colocada em exposição, na Prefeitura, uma maquete da nova cidade proposta pela CEMIG, juntamente com uma caixa de sugestões onde a comunidade poderia se manifestar favorável ou não.

A comunidade de manifestou reivindicando diversas mudanças visando uma modernização da antiga cidade, aumento do número de lotes que possibilitaria futuras ampliações, complementação do sistema viário, etc.

Só então a CEMIG elaborou o “Projeto Final de Infra-Estrutura Urbana, Paisagismo e Urbanização da Nova Cidade de Nova Ponte”, que foi aprovado pela Lei Municipal nº 861, de 06 de julho de 1987.

A cidade nova

Em 1991 tem início a construção da primeira casa da cidade nova, ao mesmo tempo em que é encerrada a concessão de alvarás para construções, ampliações e reformas na antiga cidade.

A cidade nova é inaugurada em 05 de março de 1994, concebida para abrigar 9000 habitantes, contendo 1779 otes na área residencial e 76 na área industrial, totalizando uma área urbanizada de 1.178.000m². É servida por 3 avenidas e 23 ruas, todas asfaltadas. Ao ser entregue à população, possuía infraestrutura completa: rede elétrica, iluminação pública, abastecimento de água tratada, drenagem de águas pluviais e coleta e tratamento de esgotos sanitários.

Aspectos da Nova Cidade

A área da cidade nova excede em 100.000m² a da antiga, o que, entretanto, não é motivo para que o novapontense agora se sinta morador não mais de uma cidade pequena, mas de uma pequena cidade grande. Pelo contrário, a circulação pela cidade parece ter sido facilitada, especialmente para aqueles que moravam “do lado de lá do rio”, nos bairros São Sebastião e São João.

Turismo

Com a transferência do município, próxima ao lago da Usina Hidroelétrica de Nova Ponte, a cidade viu nascer um grande potencial turístico proporcionado pela presença do lago de mais de 400 quilômetros quadrados, com cachoeiras e perfeito para pesca esportiva e esportes náuticos. A pesca esportiva do Tucunaré na Represa de Nova Ponte já é uma realidade. A pesca predatória está proibida e a pesca esportiva regulamentada por lei. Preservação é nosso objetivo, só assim poderemos sempre contar com boas pescarias.

Não apenas o lago, Nova Ponte tambpem tornou-se conhecida por ser uma cidade projetada, bem cuidada e aconchegante.

Hotéis, pousadas e restaurantes oferecem ao turista conforto e tranquilidade para viver momentos de descanso com a família.

Em Nova Ponte, os pratos da comida mineira mais servidos são: frango ao molho pardo, galinhada, tutu à mineira, feijoada, feijão tropeiro, costelinha de porco acompanhada de mandioca e couve, frango caipira acompanhado de quiabo, angu, macarronada e arroz branco, dentre outras delícias.

Dentre as principais atrações locais, destam-se: o Rio Claro, Museu, Casa da Cultura, Igrejas, mirantes localizados à montante e a jusante da barragem.

Outros pontos de destaque do turismo são a Cavalhada e o Carnaval (um dos melhores da região).